Entre 26 e 28 de fevereiro, o realizador galego Lois Patiño e o fotógrafo Jon Uriarte orientaram um workshop sobre "Imagem e Semelhança" no Centro de Memória de Vila do Conde.

A diferença entre uma fotografia e um plano é só uma – essencial –, o tempo. Refletir sobre a ideia de tempo; por um lado, desde o ponto de vista metalinguístico, isto é, como representa o cinema o tempo e de que mecanismos se serve a fotografia; e, por outro lado, desde uma perspetiva mais filosófica. O que é realmente o tempo? Pode representar-se? Até que ponto é só uma ideia e não existe um tempo real, senão uma mistura de diferentes formas de o perceber? Em conclusão: pensar, investigar e demonstrar com a imagem que existem diferentes tempos em função do espaço onde decidimos trabalhar e em função de como o percebe o autor.

A partir destas ideias, Lois Patiño, cineasta, e Jon Uriarte, fotógrafo, conduziram doze participantes, através de um diálogo que partiu das respetivas formas de aproximação à realidade que emprega as duas formas de arte.

Neste workshop teórico-prático, os formadores e os participantes aprofundaram estas ideias através da análise do trabalho de outros autores e do seu próprio trabalho, questionando as capacidades dos meios fotográfico e fílmico para representar a realidade.

A 26 de fevereiro, o produtor e realizador Rodrigo Areias orientou uma masterclass, de entrada livre, na Universidade Católica do Porto sobre a “Produção de Cinema no Norte de Portugal”. Nesta sessão, o produtor abordou o seu trabalho, centrado na produção cinematográfica e na invenção de um método de desenvolvimento fora de Lisboa, centro da produção audiovisual portuguesa.

A 1 de março, domingo, numa parceria entre o Campus e o Cineclube de Vila do Conde, Rodrigo Areias apresentou ainda, no Teatro Municipal de Vila do Conde, uma seleção de filmes da sua produtora Bando À Parte: “Barba”, de Paulo Abreu;  “Carosello”, de Jorge Quintela; “Cinema”, de Rodrigo Areias; e “Fuligem”, de Vasco Sá e David Doutel.

Estes quatro filmes representam a diversidade possível do trabalho da produtora, entre ficção, documentário e animação e também de cinco diferentes realizadores. Um dos filmes é mesmo realizado por Areias e é uma homenagem a um dos mais carismáticos diretores de fotografia do cinema português: Acácio de Almeida. No final da sessão, o realizador participou numa conversa com o público sobre estes filmes e a sua produtora.

O Campus marcou presença na última edição do Festival de Clermont Ferrand, partilhando um stand com a Agência no Festival da Curta Metragem. O objetivo foi promover, junto dos cerca de 3500 profissionais presentes no evento, as curtas-metragens realizadas no âmbito do projeto por Lois Patiño, Sandro Aguilar e Manuel Mozos. Os filmes terão estreia em julho, durante o 23º Curtas Vila do Conde.

A próxima produção Campus, que será rodada brevemente em Portugal pelo realizador galego Lois Patiño, encontra-se em fase de pesquisa/repérage.

O documentário terá estreia na 23º edição do Curtas Vila do Conde, que decorre entre 4 e 12 de julho, e envolverá, na equipa técnica, um grupo de estudantes de cinema e audiovisual.