No sábado, 16 de maio, será apresentada, às 22:00 no Centro de Memória de Vila do Conde, a performance preparada por estudantes durante o workshop orientado, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, por Julio D’Escriván, professor de música para a imagem em movimento na Universidade de Huddersfield (Inglaterra) e compositor, performer e vídeo-artista.
Durante os cinco dias de workshop, D’Escriván trabalhou com grupos de alunos na produção de imagens em movimento e sons que serão apresentados nesta performance recorrendo a diferentes técnicas de codificação ao vivo. Este espetáculo de cinema expandido do projeto CAMPUS será apresentado um dia antes, a 15 de maio, às 23:30, no Passos Manuel no Porto.
A performance de Julio D’Escriván integra o ciclo de concertos, apoiado pela FNAC, a decorrer no âmbito do 10º aniversário da Solar – Galeria de Arte Cinemática, que arrancou com um showcase de The Legendary Tigerman.
No mesmo dia, às 21:30, inaugura no mesmo local a exposição UNDERSTATEMENT, com trabalhos de 14 alunos finalistas da Licenciatura em Artes Plásticas/Multimédia da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
Esta exposição, patente até 12 de julho, é apresentada pela Solar – Galeria de Arte Cinemática no âmbito do projeto CAVE, dedicado a artistas emergentes, e propõe, através das 15 obras apresentadas, uma reflexão sobre a percepção.
“Há alturas em que nos fazem crer que aquilo que dizemos parece pouco, ou menos do que seria esperado. No entanto, dizemo-lo porque tem de ser dito de qualquer modo, porque temos uma urgência em dizê-lo. Podemos fazê-lo baixinho mas não deixamos de o dizer. E então, aquilo que dizemos transforma-se numa espécie de subtexto, transforma-se em qualquer coisa que ganha uma força imparável. Quer isto dizer que uma coisa que se diz como se não se pudesse dizê-lo se transforma, em potência, numa outra coisa. Se o que eu disse não é o que eu disse, é outra coisa portanto. E, nas nossas mãos, as coisas que não são o que são, ou que não são o que parecem, podem ter a força de se transformar e de transformar o mundo. Nunca devemos subestimar uma coisa que não parece ser o que devia, nunca devemos subestimar uma coisa dita em surdina, no escuro…” reflete o professor Miguel Leal numa introdução a UNDERSTATEMENT.
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